segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Alguém se apega a culpa?

"A culpa nos bloqueia em nossa passividade, sem necessidade de gerar novos comportamentos: ´sou culpado, sou uma decepção e sempre fui assim´. Isso pode ser traduzido por ´não espere nada de mim´.

Outra razão é que a infelicidade é familiar, não é agradável, mas é familiar. Quem sabe o que teremos de enfrentar na vida se não tivermos a nossa depressão e a nossa autocensura para nos proteger e isolar? Quem sabe que desafios seremos obrigados a encarar? A miséria pode oferecer seu próprio tipo de aconchego, enquanto a felicidade, ao seu jeito, é muito mais exigente, em termos de consciência, energia, disciplina, dedicação e integridade.

Existem também as pessoas que, quando jovens, são encorajadas por pais insensíveis ou pouco cuidadosos a acreditar que foram más ou inadequadas e que, mesmo como adultos, sentiram-se impelidas da dar razão aos pais - protegendo assim o relacionamento pais-filhos - à custa de sua própria realização e auto-estima. Esse processo pode continuar até mesmo depois que os pais morreram. O drama é interno.

Portanto, é preciso coragem para trabalhar em nossa libertação da culpa. É preciso honestidade, perseverança e um compromisso com a independência - e viver consciente, autêntica, responsável e ativamente."

Livro: Auto-estima
Autor: Nathaniel Branden

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