sábado, 7 de abril de 2012

Introdução à criatividade


... as idéias vêm se tornando uma mercadoria procurada a peso de ouro.

'Os frutos da nossa criatividade podem florescer espontaneamente, mas brotam de um solo que foi preparado, fertilizado e cultivado na crença de que eles virão a amadurecer a seu próprio tempo.' Stephan Natchmanovitch

A criatividade pode e deve fazer parte do aprendizado humano de forma sistematizada. A Educação 'seria' a grande responsável por tal façanha... um dos principais aspectos para que possamos criar as condições necessárias ao surgimento da criatividade: tornar fértil o solo da nossa mente para que floresça a sensibilidade. Diretamente ligada à nossa postura de vida, a sensibilidade cumpre um importante papel na busca do nosso potencial criativo e pode ser vislumbrada e compreendida como prática de vida.

A criatividade é um comportamento natural do ser humano, que flui a todo instante desde as situações mais simples às mais complicadas. Está presente em todo momento de improviso: o pensamento é criação, a fala é criação, o sonho é criação.

'O ser que cria tem as bases para a criação, seu íntimo é um solo fértil pela experiência da vida.' Fayga
Assim como o próprio viver, o criar é um processo existencial. Não abrange apenas pensamentos nem apenas emoções.

Não há como a inspiração ocorrer desvinculada de uma elaboraçao já em curso, de um engajamento constante e total, mesmo que inconsciente. Fayga

O que temos que expressar já existe em nós, é nós, de forma que trabalhar a criatividade não é uma questão de fazer surgir o material, mas de desbloquear os obstáculos que impedem seu fluxo natural.

A natureza criativa do homem se elabora no contexto cultural. Todo indivíduo se desenvolve em uma realidade social, cujas necessidades e valorações culturais se moldam os próprios valores de vida. No indivíduo, confrontam-se, por assim dizer, dois pólos de uma mesma relação: a sua criatividade que representa as potencialidade de um ser único, e a sua criação que será a realização dessas pontencialidades já dentro do quadro de determinada cultura. Fayga

Segundo Fayga, o homem cria, não apenas porque quer, ou porque gosta, e sim porque precisa; ele só pode crescer enquanto ser humano, coerentemente, ordenando, dando forma, criando : o homem elabora seu potencial criador através do trabalho. É uma experiência vital. Nem a arte existiria se não pudéssemos encarar o fazer artístico como trabalho, como um fazer intencional produtivo e necessário que amplia em nós a capacidade de viver.



Livro: Introdução à criatividade - Marcos Nicolau

Nenhum comentário: