sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Dê férias à sua emoção

"Há alguns anos, quando meu marido, Dan, e eu comandávamos juntos uma agência de relações públicas em San Francisco, uma das funcionárias em quem mais confiávamos nos deu a notícia de que ela estava saindo para montar uma firma rival, levando consigo alguns de nossos funcionários e contas mais importantes. Fomos abatidos pela dor e pelo medo, não só de que não nos recuperássemos da perda, mas também de náo ter em quem confiar. Nossa primeira reação foi anúncios nos jornais, consultar um advogado e enviar novas propostas de negócios para todas as empresas da cidade. No entanto, por mais rápido que corrêssemos de um lado para o outro, tapando os buracos, as águas emocionais do ressentimento, da tristeza e do medo iam vazando o caso. Então o que fizemos? Dan e eu fomos para o Havaí por cinco dias.

Durante os três ou quatro primeiros dias nos aquecemos ao sol, tomamos piña colada e evitamos qualquer discussão sobre o assunto. Ainda não estávamos prontos para encarar a dor. Quando falávamos sobre algo ligado à nossa sobrevivência, era para sonhar acordado sobre um futuro melhor. Por alguma razão, à medida que resolutamente evitávamos o naufrágio deixado para trás, a esperança ia sendo restaurada, de maneira secreta e serena, desconhecida para nós. Ao final de cinco dias, estávamos fortes o suficiente para encarar nossa situação e começar a reagir aos desafios que o destino nos havia apresentado.

Renunciamos ao controle da situação a fim de permitir que nosso espírito começasse a se curar, com jeito e ritmo próprios. Precisamos de mais coragem para nos lançarmos em férias emocionais do que se tivéssemos escolhido ficar, tirando a água com nossos baldes quebrados."

Livro: A arte da Flexibilidade
Autor: Carol Orsborn

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