sexta-feira, 30 de março de 2012

Irreverência na Criatividade

Nenhuma autoridade é verdade.

"Eu estaria disposto a morrer por minhas idéias? Claro que não. Ainal eu poderia estar errado." Bertrand Russel

É importante ressaltar que irreverência não se restringe apenas a contrariar, como diz Menna Barreto, pois não tem nada haver com rebeldia, com desaforo, com rivalidade, arrogância ou impolidez: como a própria palavra diz trata-se de não reverência, trata-se de uma decisão de recusar-se a reverenciar, de prestar culto ao que quer que seja, não se prostrar perante ninguém em ciência alguma, não se prostrar perante informação alguma e não se prestar perante você mesmo... não aceitar as 'verdades' instituídas pelas autoridades ou pelos especialistas.

É o comportamento irreverente que a escola considera indisciplina e pune paulatinamente. É justamente o que as empresas rejeitam em seus funcionários: a contrariedade ao 'saber' instituído pelos especialistas. Mas eis o movimento que gera criatividade: questionar as definições e as pré-concepções, como a mover o muro que nos impede de ver a paisagem do outro lado.

Uma pessoa muito inteligente, bem preparada intelectualmente, pode achar que sua idéia é ridícula demais e não expressá-la. Enquanto uma outra menos informada e que não percebe o absurdo de sua opinião, pode lançar a idéia como uma solução salvadora - como ocorre com as crianças. Desse modo, uma das máximas da irreverência é: 'ele não sabia que era impossível, foi lá e fez'.

Livro: Os dez caminhos para a criatividade

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