'Quem tem a cabeça de martelo, vê todos os problemas como se fossem pregos.' Menna Barreto
O caminho mais seguro para a nossa profissionalização, sem dúvida, é a especialização. Entretanto, para tornar-mos um melhor especialista precisamos aprender a agir como um não-especialista.
O que é um especialista senão aquele profissional que estuda, observa, lê tudo que diz respeito ao seu trabalho; conhece as melhores técnicas e mapeia todos os tipos de problemas relacionados à sua atividade; escuta os outros especialistas de sua área? Por isso, está sempre pensando dentro dos parâmetros e do contexto de sua prática. Quando surge um problema, daqueles imprevisíveis, para o qual os manuais não tem explicação e nenhum outro especialista conhece, sua mente gira em círculos à procura de solução.
Nesse momento, deve-se esquecer que é um especialista, para que se possa ver o problema sob outras perspectivas. Os procedimentos comuns são esquecidos, as técnicas mais conhecidas ficam de molho. É preciso saber soltar a mente aos ventos da imaginação, nos céus de outros conhecimentos.
Ao romper com o próprio ponto de vista especializado, o profissional rompe com as limitações que o seu conhecimento técnico havia imposto à sua mente. O pensamento agora pode transitar mais livremente por outras maneiras de encarar as coisas.
'Criamos por meio de nossa técnica, e não com ela.' Nachmanovitch.
'Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica. Fora disso sou doido, com todo direito de sê-lo.' Fernando Pessoa
Não que o especialisa, para ser criativo, precise ser doido, mas tem que romper com a camisa de força que lhe impõem o procedimentos padrão, os manuais e a crença de que são autoridades em qualquer assunto.
Livro: Dez caminhos para a criatividade
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